A Polícia Federal deflagrou em junho de 2024 a Operação Greenwashing, uma investigação destinada a desmantelar uma organização criminosa que fraudava créditos de carbono na Amazônia.
O esquema envolvia a grilagem de terras públicas e a exploração ilegal de recursos naturais, como a extração de madeira.
Estima-se que os criminosos tenham vendido R$ 180 milhões em créditos de áreas invadidas.
Cinco pessoas foram presas durante a operação, incluindo Ricardo Stoppe, líder do grupo, e os investigadores apreenderam bens no valor de R$ 1,6 bilhão, além de documentos que comprovam as irregularidades.
Entre os bens confiscados, estavam aviões, carros de luxo e joias.
A operação também bloqueou emissões de Documento de Origem Florestal (DOF) e suspendeu atividades de registro profissional.
A ação trouxe à tona a suspensão de três grandes projetos de crédito de carbono, que haviam sido certificados pela empresa Verra, uma das maiores no mercado voluntário de carbono.
Segundo as investigações, áreas certificadas por esses projetos estavam sendo usadas para lavagem de madeira e grilagem de terras.
Empresas renomadas como Gol, iFood, Itaú e Boeing estavam entre as compradoras desses créditos.
A operação gerou um impacto significativo no setor de créditos de carbono, levantando discussões sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência nos projetos ambientais no Brasil.
Especialistas acreditam que essa operação mostra o quanto o país precisa alinhar os mecanismos de compensação ambiental com práticas sustentáveis e legalizadas
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